terça-feira, março 04, 2003

Disanimo é algo que está sempre constante na vida, na minha ao menos, parece as vezes que chega a ponto de voce querer dizer que a vida é isso ai mesmo, dor e sofrimento, e se voce nao consegue aguentar essas afirmaçoes entao que deixe de viver ou vá entrar em alguma religiao e tentar mudar o mundo, ou seja, acaba com toda a dor e tristeza que nele existe.

Tu fica tentando se motivar com objetivos a curto alcance, porque parece que os objetivos a longo alcance nao tem como busca-los: "estou vivendo esperando o reino dos céus" ou entao "quero viver minha vida toda me esforçando e trabalhando pra um dia ter o que é meu, ou deixar um bom legado pros meus filhos", que tipo de motivaçao é essa, poxa tem uma vida toda pela frente, se fosse buscar um objetivo assim eu me matava logo, como fazer pra vivendo a vida aqui motivado, empolgado, com vontade, fazendo as coisas com gosto pelo gosto de aprender e querer se aperfeiçoar sempre mais (sei la o que isso significa).

Estou tentando colocar na minha vida o objetivo de seguir vivendo por curiosidade, de me ver mais velho, de aprender cada dia um pouco mais com cada pequena experiencia, porque ao olhar pra tras e pra frente as coisas vao ganhando uma cor diferente, talvez quando chegar aos 70 tudo fique preto e branco, mas ok, será bom assim mesmo. Esse objetivo de viver por curiosidade é muito duro, porque nao tem nenhuma intençao a nao ser de buscar o conhecimento por ele proprio, sei la nao sei como que é isso.

Esse post que estou editando é mais uma demonstraçao da fraqueza do cara em continuar a buscar algo por ela propria, sendo que a vida inteira aprendeu que voce faz algo em troca ou visando algo e nao por ela mesmo, e agora quando voce cresce percebe que está conhecendo por conhecer e pra nada mais, ou entao voce está fazendo por voce mesmo e nao pra agradar ninguem, porque voce gosta de ler, gosta de voce, por isso voce faz isso, mas nao parece que isso nao existe, se nao existir o outro nao existe motivo pelo qual fazer uma açao, é assim que me sinto, faço e vivo em funçao do proximo, foi isso que me ensinou a religiao, hoje em dia sou escravo do proximo e nao faço nada por mim mesmo, nao sei quem sou nem do que gosto nem o que quero e nem qual o por quê de estar vivo, mas sei que estou, devo estar por ai girando porque os outros se sentem bem com isso e quem sabe eu fui condicionado a ficar contente ao agradar o proximo, mas quando vou saber que estou a me agradar, talvez nunca, viver mais penoso que esse é possivel ?

Peço disculpas a quem lê esse blog porque gosta de refletir, mas dessa vez escrevi a minha fraqueza maior, porque quem sabe daqui a uns anos eu leia isso e veja ou possa me comparar ...